MATEANDO COM O COMPADRE

Que coisa linda a gente levantar bem cedo
E debaixo do arvoredo a passarada a cantar
E o compadre e a comadre estão chegando
Com a água borbulhando e logo vamos chimarrear

Mate bendito que aquece a amizade
E carrega a identidade da gente do meu rincão
Costume nosso da nossa terra querida
Retratando a própria vida nestes fundos de galpão

Tchê, compadre, me passa o mate
Que erva buena meu irmão
Tchê, compadre, esse amargo que é nossa tradição

Como é bonito o clarin da madrugada
Repechando a alvorada no raiar de um novo dia
E o Sol imponente matizando no reponte
Escramuçando no horizonte num tropel de alegria

Hora sagrada nesse momento abençoado
Colorindo meu estado nessa linda comunhão
Mate cevado que repassa o dia a dia
Cultivando essa magia passando de mão em mão