visualizaciones de letras 107

Romance de Chuva Mansa (part. Jairo Lambari Fernandes)

Gujo Teixeira

Num fim de tarde, Rosaflor voltava ao rancho
Das mesma sanga dos seus tempos de criança
Já nem deu tempo de quarar lençóis e panos
Por que o tempo se estendeu em chuva mansa

Mariano Luna vinha ao tranco sob um poncho
De asas abertas feito um pássaro pra o ninho
Que um tempo feio desabava mais adiante
E o rancho, ainda, tinha sonhos e carinhos

Costeando a casa junto a frondes e do arvoredo
Onde a querência é bem maior do que a infância
Um gurizinho de bombacha e boina negra
Brincava, quieto, com seus osso, num estância

Era por nada, um tempo ruim, quem sabe chuva
Pra os olhos mansos de um guri quase estancieiro
Com bois, ovelhas, vacas mansas e cavalos
E o sonho simples de um dia ser campeiro

Mariano Luna prendeu um grito pro guri
Pois, dos seus sonhos, só um grito lhe separa
Que deixou a estância entre resmungos
E entrou pro rancho no seu potro de taquara

Rosaflor olha o tempo e um temporal
Trazendo ventos a se mostrar pela distância
E o guri, de olhos abertos na janela
Cuidava a chuva alagando a sua estância

Depois o rancho escureceu sombreando velas
E o guri adormeceu seus sonhos tantos
De ser campeiro, igual ao pai, ser domador
De ter seus bois, vacas e ovelhas nestes campos

Mariano Luna e Rosaflor, entre seus mates
Cuidavam o sono do guri dormindo ao lado
Que nem ouviram a noite escura em seus lamentos
Tamborilando a chuva mansa no telhado

Escrita por: Gujo Teixeira / Jairo Lambari Fernandes. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Gujo Teixeira y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección