
Giúlia
Henrique Effe
Porque é que é sempre assim a gente começa conversando
Se entendendo numa boa como duas pessoas normais
E numa questão de segundos tudo fica ruim demais
Transformando palavras em pedras nisso somos tão iguais
Quando brigo com você eu não durmo muito bem
Me bate um fastio, um vazio que eu não sei de onde vem
Porque é que é sempre assim a gente começa brincando
Sem maldade, à vontade como duas crianças
De uma hora pra outra o céu aos poucos vai se desabando
Se acabando como se não houvesse pra nós dois esperanças
Quando brigo com você eu não durmo muito bem
Me bate um fastio, um vazio que eu não sei de onde vem
Giúlia, oh Giúlia
Eu chego com flores e você faz questão dos espinhos
Às vezes da porta eu espero você mudar da água pra o vinho



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