João Pedro
Inocência Vermelha
João Pedro tinha medo do escuro do seu quarto,
Do retrato de sua mãe,
Do sorriso desdentado, que se foi (passado ?),
Esquecido, violado.
Um projétil alojado no seu peito imaculado,
Velas, flores, um buquê.
Passam os dias, passam as horas,
João Pedro sem saber.
Não haviam, não havia, noites.
Amigos nunca (sempre ?); quem dera fosse !
Na sala de aula, o mais pertubado,
Em casa por seu pai, negligenciado.
Passam os dias, passam as horas,
João Pedro sem saber.
Passam os dias, passam as horas,
Ele não quer mais saber.
Noite fria sem estrelas, quatro horas da manhã,
João Pedro lamentava, de toda uma vida vã.
A TV ligada num filme de guerra.
E uma arma que brilhava atrás dela.
Passam os dias, passam as horas,
João Pedro sem saber.
Passam os dias, passam as horas,
Ele nunca vai saber.
João Pedro dorme, João Pedro sonha,
João Pedro chora, João estranha,
João Pedro não quer mais, não ser.
João Pedro corre, João Pedro canta,
João Pedro ri, João Pedro ama,
João Pedro não quer mais, não ser.
João Pedro não quer mais, não ser.
João Pedro não quer mais, não...
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