Filho de Ninguém
Iraquitan
Filho de ninguém
Exposto à boa sorte
Ao vai e vem da vida
Sem ter quem lhe conforte
O carinho e o lar paterno
Ele espúrio a mendigar
O afeto de mamãe
Que jamais a conheceu
E sem mamãe quer esperar
Sério sofrimento e angústia
Foi o que o destino lhe deu
Certo nos seus passos caminhando
De farrapo vê coberto o corpo seu
Sem abrigo e sem um lar
Sem amor e sem ninguém
Dorme às vezes nas calçadas
Só lhe olham com desdém
Se o Sol lhe queima a face
Vem a chuva lhe molhar
Definhando a pobre alma
Faz a vida condenar
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