Prosa de Caboclo
Ivan Souza & Júlio César
E foi neste vai e vem da vida, vim parar aqui um dia
Foi por falta de outra saída, não era o que eu queria
Vou no abraço deste tempo lento relembrando com quem gosta
Minha prosa de caboclo, tenta sufocar um pouco esta saudade da roça
Bater feijão no cambão irmão, você já ouviu dizer?
E bater arroz na banca então, já contaram pra você?
Colheita do amendoim assim, do jeito que vou contar
Depois de arrancado e seco, era batido no cepo amarrado no jacá
Preparar o cafezal, seu moço, para o tempo da derriça
Arruação na enxada um osso, não podia ter preguiça
A enxada do peão no chão em volta de cada pé
Preparava assim o solo, como se fosse um colo pra deitar grãos café
A lavoura de algodão na roça dava gosto a gente olhar
Da janela da nossa palhoça a branquidão se espalhar
Pra colher do nosso jeito o eito era assim que se fazia
Na cintura, amarrado o peão levava um fardo e guardava o que colhia
Obrigado amigo por ouvir, um pouco de minha história
É um livro que não escrevi, eu só guardei na memória
Ferramentas que usei, guardei na minha imaginação
Vivo assim plantando prosa, pra manter sempre viçosa a essência do sertão
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