
Provinciano
João de Almeida Neto
Longe da cidade grande
Alheio ao mundo agitado
Vive bem aquerenciado
O gaúcho provinciano
Seja campeiro ou urbano
É sempre um conservador
Seu verso guarda o sabor
Das coisas do cotidiano.
Estende a mão, cumprimenta,
Também retira o chapéu
Sabe quando muda o tempo
Bombeando as nuvens no céu
Lá pras bandas da fronteira
Se parece um João Barreiro
Zeloso, cuida do pago
Com cisma de peão caseiro.
As razões de cantar triste
Vêm de muito tempo atrás
Rude devoção que existe
Pelo campo e pela paz.
Que misteriosa tendência
Sina, feitiço ou desejo,
Faz clamar seu lugarejo
No entardecer da existência
Provinciano, pêlo duro, te juro
Sei do teu amor sem fim
Por esta querência amada
E pela vida sossegada
Porque eu também sou assim.
Estendo a mão, cumprimento!
Estendo a mão, cumprimento!



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