
De Quando Um Centauro Renasceu
Joca Martins
Estava escrito no jornal
Uma notícia que ninguém leu
Dia, hora e local
Em que um centauro renasceu
Falava de um charreteiro
Que foi peão de renome
Antes de fazer-se multidão
Perder rastro, rosto e nome
Matungo chamavam o cavalo
Que se soube: Foi flor de flete
Antes de escassear o pasto
E carregar o mundo num frete
Quem vê assim, estes dois
Depois das ruas da cidade
Não imagina inteiro
O que vê pela metade
Dizem, dava gosto de ver
Aquela figura inteira
Homem mesclado ao cavalo
Num aparte de mangueira
Mas, como eu ia dizendo
O baio vinha vergando
Ferida aberta no lombo
Sangue no asfalto pingando
E, aquele charreteiro
Que foi peão de renome
Sabe bem que sem o frete
A piazada não come
E, aquele charreteiro
Hoje, sem rastro e sem nome
Sabe que deve ao matungo
O tempo em que teve renome
Um homem puxava charrete
Noticia que todo mundo leu
Pra que o baio curasse a ferida
Que o peso do mundo lhe deu
Estava escrito no jornal
A notícia que ninguém leu
Aquele homem se fez cavalo
E um centauro renasceu



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Joca Martins y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: