O Elefante da Sala
Joyce Alane
Segue a vida
As mesmas mentiras
Me parece
Faca de dois gumes
Que sempre me fere
Lindo na vitrine
Assim ninguém percebe
A gente sabe
Mas ninguém percebe
E esse elefante na sala
Que ninguém fala nada
E essa parede invisível
Que parece muralha
As vezes, quase sempre
Se faz encruzilhada
E lentamente esse peso
É uma carga de mil toneladas
Ah, dói no peito a ferida
E ninguém sabe
Que aqui é um lugar
Que não me cabe
Debaixo do tapete, a verdade
Queria querer ficar
Mas tenho que ir embora
Sabe?
É isso
Eu acho que admito
Foi confortável me paralisar
Mas mudei o disco
Eu sou grande e mereço
Quem não culpe velhos traumas
Pra me maltratar
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