
Guasqueiro
Juliano Moreno
Nos primordios rio grandenses
Já como exportação
O couro de nossos bixos
Davam trabalhos pras mãos
Na base do couro cru
Surgem pertences campeiros
Razões pra lida gaucha
Forjada pelo guasqueiro.
Minguante é a lua certa
Pra courear um animal
O couro da lua nova
Resseca e quebra o carnal
Se a flor do couro ta verde
Ele é posto pra oriar
Mais dois dias em baixo d'agua
E ta pronto pra estaquiar
No detalhado das cordas
Fica estampado o capricho
De algum mulato vaqueano
Que é guasqueiro por ofício
Sovando couro empedrado
Verdadeiro couro crú
Que não são solas cortidas
Pra deixa de apé um xirú
Em nosso meio rural
Pra preparar um apero
A um ritual a ser seguido
Por esses homens campeiros
Com suas mãos envidraçadas
No pampa sul brasileiro
São estes os nossos guascas
Que se apresentão guasqueiros
Limpa o sangue e alguma carne
Que restaram com a gordura
Se deixa bem estirado
Pra emparelhar a espesura
"Despus" de oreado "el cuero"
E a macete bem sovado
Da zona da barrigueira
Saem tentos bem delgados
Desquinando os tentos crus
Pra ficar bem ajustado
Se acaso a trança for chata
Desdobra os quatro costados
Apertando o pé do tento
Com a ajuda do cravador
Levanta ramo por ramo
Tá firmado o corredor
Que não são solas cortidas
Pra deixa de apé um xirú
Levanta ramo por ramo
Tá firmado o corredor



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