Contempla Tua Obra
Léo Nascimento (MPB)
Bem vindo outono seco das nossas almas
Que nos desfolhamos contra um tempo tão escuro
Se já não nos aquietamos sob as águas calmas
Bebemos o gosto amargo desse vão futuro
Os ouvidos tampados pelo ranger dos dentes
Entoa aos cuspes, o mau agouro em poesia
Gritam por entre pilhas de cadáveres, contentes
A falsa cura envenenada, barbara fantasia
Um brinde à volta ao passado! Um salve ao escárnio à granel!
Três vivas ao acaso pensado! Rasgue a carne como fosse papel
Eis que a história leva o best-seller de ficção
Mãos podres reescrevem o certo em tortas linhas
Caudalosas tintas, colorem do rubro que são
O desgraçado farelo pra a engorda das galinhas
Agora te completa, o corpo inteiro, com ódio reluzente
Subjuga, aos teus pés, o que não te cabe ou desconhece
Faz das suas necessidades a lei cega inconsequente
E a sua particular divindade há de eleger quem padece
Um brinde à verdade de vime! Um salve ao mórbido desejo!
Três vivas aos comparsas desse crime! Abram alas, boas vindas ao cortejo!



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