Proscritos

Desterrados

Proscritos

Descaídos los brazosDescaíram braços
quedamos sin contar el restoficamos sem contar o resto
que pasó antesque se passou outrora
borramos huellasapagamos traços
quedamos sin notar las arrugasficamos sem notar os vincos
en la carne de la memoriana carne da memória

Ya tapamos los cuadrosJá tapamos os quadros
arropamos las sábanasaconchegamos os lençóis
de las figuras principalesdas figuras principais
y besamos las frentese beijamos as testas
enviando a buenos sueñosremetendo p´ra bons sonhos
los recuerdos ancestralesas lembranças ancestrais

Somos desterradosSomos proscritos
señores de la cara oscura de los solessenhores da face escura dos sois
ya nos quisieron benditosjá nos quiseram benditos
ya nos amaron como héroesjá nos amaram como heróis

Hasta luegoAté já
no soportamos tantonão suportamos tanto
volvemos yavoltamos já
despeinados del rincóndesarrumados do canto
ya es despuésjá é depois
somos los hijos del espantosomos os filhos do espanto
ya estamos aquíjá estamos cá
aún nos queda un encantoainda nos resta um encanto

Como demonios vamosComo demónios vamos
sobrevolando las partiturasSobrevoando as partituras
de las mentes genialesdas cabeças geniais
como topos vamoscomo toupeiras vamos
adivinando con angustiaadivinhando com angústia
los pasos débiles y finalesos passos débeis e finais

Estaremos yaEstaremos já
con pies y manos atadosDe pés e mãos atados
a cualquier consueloA um conforto qualquer
o entonces olvidamosOu então esquecemos
que vivir merece la luchaQue viver merece a luta
que merece una mujerQue merece uma mulher