Inverno da Solidão
Luiz Fernando e Pinherense
Sempre que chega a florada
Junto com o mês de agosto
Eu me vejo entristecido
Porque já fui mais disposto
Eu sinto o peso da idade
Vejo as rugas do meu rosto
A natureza floresce
Só meu coração padece
Da vida perdi o gosto
Passar o restinho do tempo
Longe de quem mais adora
É como a noite que some
Logo no romper da aurora
As horas quase não passam
Como a solidão que ancora
Eu só não vejo passar
A saudade de um olhar
De quem um dia foi embora
É por isso que eu sofro
Quando chega a primavera
Vejo os passarinhos juntos
Eu sozinho na tapera
É uma dor que me castiga
E que nunca regenera
É fogo ardendo em brasa
Onde a chama passa e arrasa
E o meu peito incinera
Assim vão passando os dias
Até a nova estação
Natureza se renova
Só minha vida que não
Hoje eu vivo amargurado
No inverno da solidão
Só espero chegar a hora
Pra quando eu for embora
Desse mundo de ilusão



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