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O preconceito é uma venda
E desperta em nós
A rejeição ao que não conhecemos
Matamos o que tememos

Desinformação quando aliada à convicção
Eclode de nós um ser burro e irracional
Déspotas de um covarde ideal que
Erguem alto seus brasões
Liberdade comprada por privações

Fé que ensina o desamor

Mato no pé, terno e gravata
Chapéu ou boné
Entrajam apenas seres humanos
Tanto faz se é de seda ou pano
Mais capital não faz seu sangue azul
É a mesma espécie paupérrimo ou taful

Morte, mãe, água, amor, gratidão

Hey, será que há um povo que não está sob o sol
Alguém me diga qual o ar que há de respirar o juiz e o réu

Cadê, onde está está raça superior
Que nunca teve fome ou sentiu dor
Que sempre souber ler

Eu sei, não há problema se o lucro vier de alguém de cor
Ar-condicionado, correio, geladeira, pá de lixo e elevador

Não vê, nem as doenças fazem acepção
A morte te faz igual ao seu irmão
É de valia módica prezar em
Quais condições que outro nasceu
O amor é importante a você e eu
Aprenda amar
Diferenças sempre existirão
Respeito é o remédio de qualquer nação
Vamos nos medicar

Não espere a crise vir pra saber em verdade o que é importante pra você

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