O Sanfoneiro
Marcelo Caldi
Vou de jegue pelo mundo afora
Sem destino e sem rumo
Se for sede eu só bebo estrelas
E se fome, eu devoro as auroras
Da açucena eu levo a flor
Pruma rosa se enfeitar
E se quiser o meu coração
Na garupa do meu jegue cabe um
Porque é só de amor que eu tenho precisão
E de quebra de dinheiro tiro algum
Quando toco os "oito baixo" no baião
Aqui não fico, eu não nasci
Pra ser escravo disso não
Aqui não fico, eu não nasci
Pra ser escravo disso não
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