
Porto Seguro
Maria Lídia
Porto seguro, erro primeiro
Índio sorriu pro estrangeiro
Num mês de abril
E abriu a porta do litoral
Que era todo encarnado de pau-brasil
Ibirapitanga virou fumaça
E a desgraça
Veio, através do oceano,
Com um pano preto no mastro,
Deixando um rastro vermelho
No azul atlântico,
Trouxe o cântico da saudade africana
Aos engenhos e canaviais,
Fez dançar o açoite de dia,
De noite, dançavam orixás
E a região verde no norte,
Sorte, era longe dos olhos feitores
Sem vias de acesso,
Ida, regresso e morte
Poucas entradas, tantas bandeiras
Milhas e mil ambições estrangeiras
Rompendo a linha de tordesilhas,
Brancos e índios cativos buscavam riqueza
Pra encher a mão da distante nobreza
Que nunca viveu ou pisou neste chão
Grita, nação,
Bate os tambores,
Pinta a tua cara com as cores da arara,
Faz guerra, esta terra é terra bendita,
Grita!



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