Marias Ninguém

Marias Nadie

Marias Ninguém

Mira, las novias de la noche ya vienen,Olha, as namoradas da noite já vêm,
Mira a las encantadas de la noche en BelénOlha as encantadas da noite em Belém
Que dejaron las madrigueras, las chozas vacíasQue deixaram as tocas, as ocas vazias
En la periferia del bienNa periferia do bem

Inmaduras, impuras niñas,Imaturas, impuras meninas,
Son duras las penas que tienenSão duras as sinas que têm
Van pariendo angelitos sin alasVão parindo anjinhos sem asas
En el sótano de las casas,No porão das casas,
De las Casas del BienDas Casas do Bem

Porque no saben de nadaPorque não sabem de nada
De la vereda, ni del ir y venirDa calçada, nem do vai-e-vem
Venden los cuerpos y los sueñosVendem os corpos e os sonhos
Por pan o polvo, por cariño o monedaPor pão ou pó, por carinho ou vintém

Ve, que las novias de la noche ya vienenVai, que as namoradas da noite já vêm
Ve, que las encantadas de la noche en BelénVai, que as encantadas da noite em Belém
Ya dejaron las madrigueras, las chozas vacíasJá deixaram as tocas, as ocas vazias
En la periferia del bienNa periferia do bem

Son solo dulces y puras niñasSão só doces e puras crianças
Que juegan con el mal muy bienQuem brincam com o mal muito bem
Se despojan de las chitas y trenzasSe despem das chitas e tranças
Se acuestan, no saben,Se deitam, não sabem,
No saben con quiénNão sabem com quem

Un día despiertan cansadasUm dia acordam cansadas
Ya no son tan niñas tambiénJá não são tão meninas também
¿A dónde van las noviasAonde vão as namoradas
Desencantadas Marias NadieDesencantadas Marias Ninguém