Dias de Espera
Mariano Tavares
Dispararia anéis e fados a quem não diria
E os esgotados de silêncio se reparariam
Os girassóis deslocaria pelo céu castanho
Explodiria os alicerces e repetiria
Avançaria por seu quarto ao despertar de um sonho
Em que os batons e os destilados nos consumiriam
Recolheria os beijos espalhados pelo tempo
Dissolveria os canivetes e te chamaria
E esses dias de espera o silêncio inundou
Sóis, palanques e praças, casulos de amor
Seus vestidos de medo a alegria rasgou
Nosso amor nas geleiras deixo pra depois.
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