Midas (Ou Vírus da Ganância)
Marturinhas
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
Midas se espalha
Constrói o meu celeiro
Vejo vida em Marte
Mas não em terceiros
Meu nome é humanidade
Com vestes de rainha
Rica sou, não vejo o nu
Nem a pureza que eu tinha
Midas se espalha
Me deixando tão sedento
Por riquezas, mais e mais
Não sigo mais meu pensamento
Ó, como me engano
Ao pensar que ao morrer
Levarei joias e ouro
Para o Inferno encher
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
Midas se espalha
É a cegueira coletiva
Troco o bem pelo mal
A riqueza por minha vida
Com o vírus da ganância
A partilha é combatida
Prenderam a Esperança
Com Pandora adormecida
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
Não me toque!
Nem encoste no bezerro de ouro
O mundo explode
Mas só quero o meu conforto
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