
Dublê de Tudo que Existe
Matheus de Bezerra
Vejo você sem olhar
Eu te enxergo, no óculos de um camelô
Da boa vista, no céu do quintal do inferno
No outdoor moderno que ninguém vai ver
Vejo você sem querer
No panfleto que eu pego e que nunca vou ler
Na previsão do tempo, nessa nota lá
Pra onde quer que eu olhe, eu enxergo você
Como se fosse a dublê
De tudo que existe
Que se meu olho não vê
Se fecha de triste
Vejo você por aí
Em todo canto, dentro da boca, sim
Ao fim do mundo, do sentimento profundo
Ou da superfície, que eu disse não ver
Vejo você na TV
Na capa da revista que ninguém vai ler
Na previsão do tempo, nessa nota 'dó'
Pra onde quer que eu olhe, eu enxergo você
Como se fosse a dublê
De tudo que existe
E se meu olho não vê
Se fecha de triste
Como se fosse a dublê
De tudo que existe (de tudo que existe)
Que se meu olho não vê
Se fecha de triste



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