
Coplas Para Dom José Nuñes Oliveira (part. Ita Cunha)
Matheus Leal
De culhera e boleadeiras bem atados na cintura
Num mouro flor de pintura, destopeteado tosado a cogotilho
Enforquilhado a lombilho Dom José mostrava a estampa
Bronzeada ao Sol da fronteira e a pura essência campeira
Do sangue nobre da pampa
Pra quem ganha ou por regalo
Os parronais da fronteira
Teve o batismo de guapo
Nas catedrais galponeiras
Remalhando apelos e vida
Nas estâncias da fronteira
Se fez vaqueado da pampa
Indo de um pago ao outro
Empurrando tropa rena
Pra força de encontro
Embuçalou seu destino
Quebrando queixo de potro
Nunca refugou serviço
Ao recorrer algum posto
Contra o rigor inverneiro
Toldava um poncho bilontra
Trompando muito afrontes
Toreando as águas do agosto
Trazia no seu tirador
Algum risco de manotaço
Manchas de sangue, creolina
Marcas de chuva e mormaço
E o sinal de muitos pealos
Que escorou o golpe do laço
Dos arreios fez seu catre
Para pousar campo afora
Rondando quartos de Lua
Só pra acordar as auroras
Com talarear de cincerros
E serenatas de esporas
Sorveu os últimos anos
Estribado as invernadas
Até o luzeiro* da alma
Se apagar no fim da estrada
Pra renascer numa estrela
Refletida entre as aguadas



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Matheus Leal y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: