A Palavra e a Viola
Mauro Marcondes
A palavra sorri e chora
Joga sangue em nossa veia
Como a teia de desenrola
Pra sugar da vida a ceia
Dezessete légua e meia
É o tempo que se demora
No jogo, na brincadeira
Com as cordas da viola
A palavra e a viola
São margens do mesmo rio
De um lado canta a memória
Do outro desafio
A palavra e a viola
São margens do mesmo rio
De um lado canta a memória
Do outro desafio
Uma porta de entrada
Abrindo pro mato bravio
Um menino na estrada
Distraído no assovio
Convida a ouvir o pio
Do cantar da passarada
E o vento breve arredio
Harmoniza embolada
A palavra e a viola
São margens do mesmo rio
De um lado canta a memória
Do outro desafio
Um olhar se encanta e pena
De tanta delicadeza
Nunca viu coisa pequena
Ampliar a natureza
Um pano que veste mesa
Um poço de água serena
Viola namora presa
Palavra prepara a cena
A palavra e a viola
São margens do mesmo rio
De um lado canta a memória
Do outro desafio
Esta cena se completa
No longe do aboio vazio
Disparando feito seta
O seu desejo no cio
E nas margens desse rio
Vida e morte se acertam
Palavra afina o fio
Viola dá voz ao poeta
A palavra e a viola



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