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Arisco
Orestes Dornelles
vivendo sem eira nem beira
no meio do matagal
lhe guia a estrela boieira
na estrada, o seu bagual
orgulho ou simples vingança?
um taura nunca se dobrou
a honra, uma lambança
quem sabe o que se passou?
ah, vida matreira
sempre fugindo da solidão
sob o chapéu, cara feia
o pala furado a bala
adaga pr'uma peleia
quando o revólver não fala
o trem corre preso aos trilhos
o cavalo, rédeas na mão
seu legado são os filhos
no mais, só flores no chão
ah, vida matreira
sempre fugindo da solidão
Escrita por: Orestes Dornelles. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
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