Requebro de Candieiro
Os Mateadores
Amanheci com uma coceira no garrão
E a vanerão hoje eu quero me coça
Com uma pinguancha beijava abrindo cancha
Pra alegrar a alma e eu poder me esparramar
Eu sou do tipo que nunca refruga o brete
Sou serelepe no traquejo da vanera
Trago comigo num jeitão pra surungaço
Com espinhaço forejado de fronteira
Então acarque gaiteiro um vanerão
Que eu dou de mão uma prenda de primeira
E vamo junto cutucar a madrugada
De cola atada saranteando eta porquera
Me agrada muito um xixaço bem cuiúdo
Pra macunudo não ficar sentado em banco
Alisso o assoalho no chacoalho do solado
E entonado vou engarupando o tranco
Eu vim de mundo num retoço de galpão
Gaita e violão sempre aquenta o meu braseiro
Por isso hoje vou gastar sola da bota
Pra maciota num requebro de candieiro
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