Mulata Cearense
Raimundo Ramos
Eu sou da terra de um Sol de brasa
Seus raios trago nos olhos meus
Na trança negra trago reflexos
Das estrelinhas lindas dos céus
Meus alvos dentes lembram os toques
Da branca Lua, pura, sem véus
Estes encantos que em mim se notam
Não são fingidos, são naturais
Meu garbo altivo lembra a sublime
E verde copa dos coqueirais
Onde a jandaia seus cantos solta
Notas plangentes, doridos ais
No peito eu sinto um vulcão de amores
E não’alma sinto do gênio o arfar
O peito diz-me que a vida é flores
A alma murmura: Gozar! Gozar!
Meu céu é lindo! Que Lua bela!
Que Sol tão quente! Que verde mar!
As bancas todas de mim não gostam
Voltam-me o rosto se vou passando
E eu nem reparo na raiva delas
Passo sorrindo, cantarolando
Todos os moços me chamam linda
E a muitos deles vou namorando
Vou desfrutando esta mocidade
Sendo querida, querendo bem!
Ser cearense é felicidade
Quanta alegria minh’alma tem!
Adoro a pátria meu berço róseo
Não volto o rosto caminho além



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