
Barata DDT
Rey Biannchi
Ela nasceu num armário de cozinha
Ela cresceu comendo restos e doces
Seu pai baratão com educação tradicional
Não pode evitar que se tornasse um marginal
E adolescente a barata ingressou
Na turma delinquente de insetos sem valor
A, a, a, Barata é viciada em DDT
E se reuniam juntas pra saquear
E restos de comida Inseticida pra endoidar
E bem viciada exagerada sem parar
E as baratas gatas não queria namorar
Usava naftalina pra viajar de elevador
Tomou uma overdose pra tentar se matar
A, a, a, Barata é viciada em DDT
E não conseguindo, teve uma alucinação
Viu um sapato grande vindo em sua direção
Pisões chineladas lhe tentavam esmagar
Numa lixeira velha conseguiu escapar
Vagando muito doida pelos cantos desmaiou
Levou uma porrada e nunca mais ela acordou
A, a, a, Barata é viciada em DDT
No inferno dos insetos machucada ela acordou
Notou que estava morta e nem assim ela chorou
E bem revoltada com a morte tradicional
Queria sua morte bem mais original
Tendo que encarnar de novo ela sorriu
Quando lhe disseram que ela vinha pro Brasil
E lá o lixo é luxo a podridão é lazer
Os ratos e os insetos vivem bem pra valer, DDT
A, a, a, Barata é viciada em DDT
A, a, a, Barata
É viciada em DDT
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