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A Tapera do João Posteiro (part. Rui Carlos Ávila)

Roberto Luçardo

Posteiro desde mocito
Na estância nasce na sina
Nesses confins que ainda existem
Perdidos pelas coxilhas
Num fundo que era no fundo
O que sabia do mundo
E o que andou como sina

Coxilhas, campos, canhadas
Moldados na imensidão
O que mais faltaria a um homem
A feito a terra e galpão
E sempre foi mui sereno
Que tinha sonhos pequenos
E raízes firmes no chão

Cacimba beira do rancho
De angico firme no esteio
Abrigo pras invernias
Um bom pingo, bons arreios
Um poncho pátria pro frio
Conhecedor do jugeriu
Para curar o mal mais feio

Parceiro do tempo largo
Lavando a erva do mate
Num silêncio quase eterno
Igual prosa de mascate
Como então acreditar
Que sua história ia chegar
Nesse tristonho arremate

Pois um dia acharam o João
Ao palmo de uma cadeira
Um pañuelo no pescoço
E a morte por companheira
O rancho num abandono
E um cusco velando o dono
E pendia da cumeeira

Ninguém jamais entendeu
Porque se matara o João
Senhor das lidas campeiras
Serviçal feito um peão
Ninguém podia entender
Porque partiu sem dizer
Que morreu de solidão

Escrita por: Martim César Gonçalves / Paulo Timm. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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