Reflexão
Rodrigo Zanc
Às vezes me pego pensando;
Na razão pela qual eu canto;
Quisera fosse pra alegrar;
Mas como diz o ditado;
Desconfio que é pra espantar
Quisera eu, que espantasse;
Que quando minha voz calasse;
O silêncio e a tranqüilidade;
Resgatassem;
Meus pensamentos.
Lembrando o perfume do mato;
Com respingos de orvalho regado;
Ansioso pôr um brotar.
Vai viola e não chora.
Ensina pro povo essa dança.
Vai violeiro e entoa;
Na rainha, sem coroa;
A canção que faz lembrar;
Dos sonhos que já vivemos;
Dos muitos que ainda temos;
E devemos realizar.
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