Cantiga de Banzo
Rozamato
Era manso quase um cancão na gaiola
Vento tonto sobre as pedras do roçado
A poesia fez morada na cachola
Estradeiro com o matulão de lado.
Foi guerreiro na campanha de canudos
Foi gaiteiro de forró aperreado
Tão festeiro hoje é banzo vive mudo
Só pensando no que pode ser lembrado
Era sombra da manhã cobrindo a estrada
So o chouto no cascalho é rotina
Desarreia de mansinho a madrugada
E no curral tirou leite na surdina
Foi vaqueiro não tem mais que maginá
Se um dia for embora mãe-da-lua
Quando florir o pé de jequitibá
Isso sim pode ser lembrança sua
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