Nuvem de Beleza
Sangre Ibérico
Cantei para ti a melhor melodia
Comprei a prenda que
Sabia
Serviste-me o vinho numa mesa à luz da vela
Com o perfume d'uma rosa entre nós dois
E num momento sem ter antes nem depois
Fundiu-se a rosa numa nuvem de beleza
Quando o luar entra na janela
E serve o corpo sem vestido à sobremesa
Ai, meu amor, meu amor
És o rio onde bebo
Os poemas que' escrevo
E que canto pra nós
Depois à noite
Deixo a porta entre aberta
Junto à dor que desperta
Com saudades de ti
Foste o romance que não passa do verão
Mas ficou o sabor deste momento
Sempre tão perto, tão a jeito, tão à mão
Sempre longe tão disperso como o vento
E nas estrelas que m'espreitam da janela
Deste teto onde mora
A solidão
És o sapato que sobra da Cinderela
E me calça os restos desta paixão
Ai, meu amor, meu amor
És o rio onde bebo
Os poemas que' escrevo
E que canto pra nós
Depois à noite
Deixo a porta entre aberta
Junto à dor que desperta
Com saudades de ti



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