visualizaciones de letras 16.838

Fazenda São Francisco (Maior Proeza)

Sérgio Reis

Na fazenda São Francisco, na beira do rio da morte
Com outro caminhoneiro, traquejado no transporte
Fui buscar uma vacada, para o criador do norte
Na chegada eu pressentia, que era um dia de sorte
Depois do embarque feito só sobrou um boi de corte

O mestiço era bravo, que até na sombra investia
A filha do fazendeiro molhando os lábios dizia
Eu nunca beijei ninguém, juro pela luz do dia
Mas quem montar nesse boi e tirar a valentia
Ganha meu primeiro beijo que eu darei com alegria

Vendo a beleza da moça, meu sangue ferveu na veia
Eu calcei um par de espora, e passei a mão na peia
Peguei o mestiço a unha, rolei com ele na areia
E enquanto ele esperneava, fui apertando a correia
Mas quando eu sentei no lombo foi que eu vi a coisa feia

O boi saltou a porteira, no primeiro corcoveado
Numa ladeira de pedra, desceu pulando furtado
Saia língua de fogo, cheirava a chifre queimado
Quando os cascos do mestiço batiam no lajeado
Parou berrando na espora ajoelhado, derrotado

Pra cumprir sua promessa a moça veio ligeiro
E disse: Você provou ser peão e boiadeiro
Dos prêmios que eu vou lhe dar, o beijo é o primeiro
Sua boca foi se abrindo, seu olhar ficou morteiro
Nessa hora eu acordei abraçando o travesseiro

Escrita por: Jesus Belmiro / Paraíso. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por Francnei. Revisiones por 2 personas. ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Sérgio Reis y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección