Esperanto
Several
Preso a uma pintura sem espasmos de defeitos.
Flagelando o seu portar pra parecer assim.
Soa tão profundo quanto ter que ser todo gatilho
Que antecede o estrondo do disparo.
Não sei se há como voltar enfim um minuto atrás.
Tudo em um segundo se dispersa entre os dedos.
Como os teus sorrisos numa tarde, o teu olhar.
Observo a nossa esquerda, um estranho com uma faca.
Preso a minha cintura.
Reluz. Desvia o olhar.
E finjo não ver. Por medo em admitir que aquele estranho,
Que até então se aproxima, com um olhar tão distante,
É tudo o que renego em mim, parado ali, discretamente estou eu.
Não posso permitir que o vejam descoberto vulnerável.
Em meio às luzes dos postes, em seus arames farpados.
Está tudo o que renego em mim, parado ali, discretamente estou eu.
Estou eu...
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