Estrada aberta
Suely Rodrigues
Por essa estrada aberta
Que corta todo o sertão,
Muitos pés ganharam o mundo
Em busca de sonho e de pão.
Alguns voltaram em cartas,
Outros voltaram em caixão,
Deles ficaram plantados
Ao longo do estradão,
Nem cruz pra marcar lugar:
São sementes de solidão.
êô, êô, ô, lê, lê, lê, ê, ê, ô.
Poucos chegaram ao topo
Conquistando sucesso e glória
Mesmo com a alma marcada
Pelas lutas da trajetória
Voltaram ao berço dos pais
Arrastados pela memória,
Na missão de erguer novos sonhos
Em quem inicia sua história
E romperam a porteira do medo
Elevando o sertão à glória.
êô, êô, ô, lê, lê, lê, ê, ê, ô
Eu também caí no mundo
Em busca de sonho e poesia
E estas rugas no meu rosto
São de tristeza e de alegria.
Fiz versos que joguei fora,
Fiz versos que é a luz do meu dia.
Não voltei em capa de revista,
Mas voltei pra quem me queria.
Eu não trouxe dinheiro no bolso
Só versos, versos que me alumiam.
êô, êô, ô, lê, lê, lê, ê, ê, ô



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