Sofrência

Sofrência

Sofrência

Fuiste túFoi você
Quien para darme vuelta la cabezaQue pra me virar a cabeça
Rasguñó mi corazaArranhou minha couraça
Bautizó mi cañaBatizou minha cachaça
Acabó con mi razaAcabou com a minha raça
Encontró gracia en la desgraciaAchou graça na desgraça

Fuiste tú quien se metióFoi você que se meteu
En el rincón que era yoNo recanto que era eu
Como incendio en el museoFeito incêndio no museu
Como el ángel en la vigilia de un ateoFeito o anjo na vigília de um ateu

Fuiste túFoi você
Que apareció de la nadaQue me apareceu do nada
Y empezó a rondarmeE danou de me rondar
Para luego desaparecerPra depois me desandar
Y de la nada nunca más regresarE do nada nunca mais voltar

Ven de nuevo a rendirme, venVem de novo me render, vem
A quemarme, a convertirme, ni vengasMe queimar, me converter, nem vem
Más traviesa que tú, nadieMais danada que você, ninguém

Fuiste túFoi você
Que para hacerme alborotoQue pra me fazer arruaça
Viniste paso a pasoVeio vindo passo a passo
Te acurrucaste en mi regazoSe aninhou no meu regaço
Aplastaste mi espaldaAmassou meu espinhaço
Me escupiste como un bagazoMe cuspiu feito um bagaço

Fuiste tú quien invadióFoi você quem invadiu
Mi corazón baldíoO meu coração baldio
Como savia, como celoQue nem seiva, que nem cio
Cual sufrimiento invade los rincones de BrasilQual sofrência invade os cantos do Brasil

Fuiste túFoi você
Quien me descubrió en la madrigueraQue me descobriu na toca
Y una vez me picóE uma vez me cutucou
Y otra vez me desconcertóE outra vez me embatucou
Y he aquí que nunca, nunca más regresóE eis que nunca, nunca mais voltou

Ven aquí a enloquecerme, venVem pra cá me enlouquecer, vem
A tocarme, a excitarme, ni vengasMe tocar, me intumescer, nem vem
Más loca que tú, nadieMais maluca que você, ninguém