
Solta As Feras
Tom Plutão (Ormando zhiOmn)
Te vi riscar de caneta invisível
Coisas que ebuliam
Entre mente e coração
Por seus olhos, sinceros, vi afoita agitação
Com pensamento cruzado
Entre corpos, entre dias
E, principalmente, noites
Daquelas de copo, de camas também
De conversas estranhas entre umbigos
Que preferiam estar nus e perto
Mas recolhem-se ao espelho solo
E distanciam, e separam, se enganam
Logo mais os dentes rangerão
Pra quem chega pelo acaso ou sorte
Fuzilamento silencioso do carinho
Que fez tanto bem certa vez
A busca do par certeiro é dose
Que alegra e solta as feras
Conheceremos-as sabendo, sem fim
Serem as máscaras, ou enganos
Do egoísmo próprio aos outros
Pra um caminho livre, claro e limpo
Pegamos carona no sorriso leve
Tomamos hibisco, andamos a pé
Transformamos juízo em fé



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