Caboclo

Caboclo

Caboclo

Nunca te rías, amigoNunca se ria seu moço
De ver a un mestizo calladoDe vê um caboclo calado
Porque todo en este mundoPorque tudo neste mundo
Guarda sentimientosTem sentimento guardado

Y no te burlesE não faça caçoada
Del sufrimiento de este desdichadoDo sofrê desse coitado
Es tu compatriota, amigoÉ seu patrício seu moço
Es un brasileño de pura cepaÉ um brasileiro apurado

Lo que tú vistesAquilo que vancê veste
Y todo lo que comesE tudo que vancê come
Viene de la mano de este mestizoVem da mão desse caboclo
Viene del sudor de este hombreVem do suor desse home

Que trae su cosechaQue traz a sua coieita
Que en la ciudad se consumeQue na cidade consome
Muchas veces para servirteMuitas vez pra lhe servi
En el sertón pasa hambreLá no sertão passa fome

Cuando llega al atardecerQuando chega de tardinha
Vuelve al rancho cansadoVorta pro rancho cansado
El sol detrás de la colinaO Sór lá por trás do morro
Se va poniendo rojizoVai descendo avermeiado

Pronto el brillo de las estrellasLogo o brio das estrela
Se expande por su plantaciónEspaia pro seu roçado
Este mestizo, amigoEste caboclo seu moço
Es un brasileño de pura cepaÉ brasileiro apurado

No menosprecies, amigoNão faça pouco seu moço
Al campesino mal vestidoDo roceiro már trajado
Es él quien toma la azadaÉ ele que pega a enxada
Volteando la tierra resecaVirando o chão ressecado

Aprieta su mano ásperaAperte sua mão grossa
Mira su rostro quemadoÓia em seu rosto queimado
Es tu compatriota, amigoÉ seu patrício seu moço
Es un brasileño de pura cepaÉ brasileiro apurado