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Candombe Para Uma Guitarra

Vitor Amorim

Esta guitarra é um destino em cada nota que eu faço
Pois quando eu floreio a goela até o mais xucro eu embalo
E desengano minha sorte, renegando meus vassalos,
Para que minhas canções não sejam campanas de palo

Esta guitarra é meu pão, meu coração, minha sina;
Quando lhe abraço com gana, erguendo ela para cima,
Miro nas desilusões dando balaços de rima,
Esqueço minhas pobrezas tocando bordão e prima

Às vezes, lá do galpão, parece que ouço teus floreios...
Talvez tu tenhas a alma de um fantasma musiquero
Que não quis partir pra ficar em teus bordoneios
E sentir um pouco de vida nos dedos de um guitarreiro

Não resisto a esta guitarra quando a vejo num canto
Com silêncios tão profundos, parece que a ouço chamando,
Querendo um abraço amigo pra sair livre, floreando,
Pra alegrar o meu ranchinho que há tempos anda chorando

Te vejo, guitarra querida, feito mulher, linda chinoca
És um coração em meu peito que pulsando saiu pra fora
Te trato com tanto respeito, te abraço como tu gosta
E morro de ciúmes de ti quando outra mão te toca

Às vezes, lá do galpão, parece que ouço teus floreios
Talvez tu tenhas a alma de um fantasma musiquero
Que não quis partir pra ficar em teus bordoneios
E sentir um pouco de vida nos dedos de um guitarreiro


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