visualizaciones de letras 16.671

Chimarrão

Vitor Ramil

Velho porongo crioulo
Te conheci no galpão
Trazendo meu chimarrão
Com cheirinho de fumaça
Bebida amarga da raça
Que adoça o meu coração

Bomba de prata cravada
Junto ao açude do pago
Quanta china ou índio vago
Da água seu pensamento
De alegria, sofrimento
De desengano ou afago

Te vejo na lata de erva
Toda coberta de poeira
Na mão da china faceira
Ou derredor do fogão
Debruçado num tição
Ou recostado à chaleira

Me acotovelo no joelho
Me sento sobre o garrão
Ao pé do fogo de chão
Vou repassando a memória
E não encontro na história
Quem te inventou, chimarrão

Foi índio de pelo duro
Quando pisou neste pago
Louco pra tomar um trago
Trazia seca a garganta
Provando a folha da planta
Foi quem te fez mate-amargo

Foste bebida selvagem
E hoje és tradição
E só tu, meu chimarrão
Que o gaúcho não despreza
Porque és o livro de reza
Que rezo junto ao fogão

Embora frio ou lavado
Ou que teu topete desande
Minha alegria se expande
Ao ver-te assim meu troféu
Quem te inventou foi pra o céu
E te deixou para o Rio Grande

Escrita por: Poema De João Da Cunha Vargas. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Vitor Ramil y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección