Cangote da Razão
Vittória Braun e Rafael Lorga
Vida imensa que hoje grita
No cangote da razão
Rotação que não se explica
Gritaria e confusão
Astronave da loucura
Ser gigante em suspensão
Dia fere, noutro cura
Segue o baile da ilusão
Boto fé na bruxaria
Bicho solto, solidão
Se de noite sou graveto
De manhã já sou leão
Hoje canto em oferenda
E agradeço a quem me diz
Pra falar de coisa boa
Já que o mundo é infeliz
Se acaso me esquecer
E o mundo me engolir
Me lembra de sorrir
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