Alma de Chamamé
Walther Morais
Dentro de mim, há um rio enfrentando os desafios
Que a própria vida ensinou
Sou taura destas barrancas de água e espumas brancas
Que o Rio Grande demarcou
Vou palanqueando a verdade entre enchentes de saudade
Repletas de telurismo
A minha voz é a do povo que planto sempre de novo
No coração do atavismo
Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai
Que a história faz renascer
À grito de sapucay, que com as águas, se vai
Pra alma de um chamamé
Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai
Que a história faz renascer
À grito de sapucay, que com as águas, se vai
Pra alma de um chamamé
Sou quebra desses confins onde a tristeza tem fim
Nos braços de uma potranca
E o Sol, que me viu nascer, faz ser ciência o saber
Pra cada filho da pampa
Tenho trazido comigo a dádiva dos amigos
No calendário do peito
Sou barranqueiro e campeiro deste meu sul brasileiro
Raiz de um canto direito
Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai
Que a história faz renascer
À grito de sapucay, que com as águas, se vai
Pra alma de um chamamé
Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai
Que a história faz renascer
À grito de sapucay, que com as águas, se vai
Pra alma de um chamamé
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