visualizaciones de letras 3.234

Última Carreta

Wilson Paim

Bois de sabugo e rodas de corticeira
Prontos na espera que acabasse a marmelada
Carreta nova e canzil de pitangueira
E o que era doce, virou sonho pela estrada

Ajoujo firme, tamoeiro bem trançado
Regera grossa de barbante catalã
E o piazito carreteiro do passado
Hoje envelhece, amargando o amanhã

(Êra pitanga, boi do coice, colorado)
(Êra malhado, boi da ponta, olha a frente)
(E o prego da picana bem afiado)
(Despertava a utopia inocente)

Passava tardes e manhãs brincando a esmo
Pelo terreiro, carreteando a própria infância
Enquanto o tempo lhe cobrava de si mesmo
A vida boa, que levava na estância

Hoje o progresso confiscou sua carreta
E o seu mundo imaginário de emoções
Do seu brinquedo só restou velha caixeta
Atirada, no museu das ilusões


Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Wilson Paim y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección