Veredas da Conceição

Veredas de la Concepción

Veredas da Conceição

Chica de mi tierraMoça do meu sertão
Chica, este tu aromaMoça, esse teu cheiro
De flor de eneroDe flor de janeiro
Chica del cielo que caeMoça do céu que desaba
En el mango de la azadaNo pau da enxada
Corta en el suelo profundoCorta no chão profundo
Descalza en el mundoDescalça no mundo
De barro se haceDe barro se faz

Moja de mirada que erizaMolha de olhar que arrepia
De vida vacíaDe bida vazia
Al borde del fogónÀ beira do fogão
Chica, no sé tu historiaMoça eu não sei tua história
Ni tu nombre o deshonrasNem seu nome ou inglórias
Pero entiendo sin embargoMas entendo porém
Que las marcas que tienesQue as marcas que tem
Te limitan el caminoLhe reduzem caminha
Hiriéndote con espinasLhe ferindo espinhos
Trayéndote afliccionesLha trazendo aflições
Con la boca bonitaCom a boca bonita
Pasa a ser mujerzuelaPassa a ser rapariga
En el burdel del sertónEm bordel do sertão

Chica de silencio se hizoMoça de silêncio de fez
Inocencia tal vezInocência talvez
Fuerza e imposiciónForça e imposição
Del marido o patrónDo marido ou patrão
Patriarcas severosPatriarcas severos
Dueños de cielos y tierraDonos dos céus e terra
La esperanza se vaA esperança se vai
En un rotundo no!Em um grave não!