O Brasil de Duas Imperatrizes
Zé Paulo Sierra
Céu e mar
E os olhos marejados de saudade
Parti em busca de brasilidade
Ao som de uma valsa que ecoava
No baile, Viena, casamento, violino
À pena escrevendo meu destino
O novo mundo assim me esperava
A corte a beira do cais
Amei natureza e paz
A vida parece índia nua
Debret tem uma tinta em cada rua
No paço, respiro ares tropicais
Liberdade, liberdade! Senhor
Liberdade, liberdade! Aos filhos meus
Nação contente independente
Regida pelas mãos de Deus
Lerê, lerê… O Brasil jamais seria o mesmo
Pelo “dom” que me jogou a esmo
Fui alteza desse amor
Meu legado pelas ruas segue
Brilham no infinito imortal, pra refletir o carnaval
O trem que passa na estação da imperatriz
Me faz lembrar que o samba é raiz
Raízes da história, nobreza vestida de glória
A rosa desabrochou, em ramos fez seu jardim
Canteiro de um arlequim
Ô ô, muito prazer me chamo Carolina
Brasileira, Josefa Leopoldina
Meu povo canta feliz
Em tom maior imperatriz
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