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A Cidade Acorda

Abimael Gomes

Com a cara de cana caiana chupada.
Com uma itaipú dentro d?alma entalada.
Com a sombra do assombro, na sombra dos cílios.
A tristeza é a minha marca de colírio.

Minha língua é a palma da mão de um mendigo.
Minha alegria é como um dia de domingo.
Sempre tem uma segunda de cara cansada.
Com um quê de dar certo, ou um quê de dar nada.

Poeta declama: caminho pela sombra das ruínas.
Outdoors arrancados pela prefeitura.
Ferrugem roendo os ossos das pontes.
Escarro secando ao sol.

Cheiro ácido de urina.
Gota de suor surgindo á luz.
Rebocos feridos, nas faixadas sem sangue.
Sacolas barulhentas penduradas.

Cada um traz em si
Nos olhos, nariz, pele...

Cabeça, coração, passos, relógio.
É apenas o que funciona.

O semáforo abrindo passagem
Feito cardumes, manadas, multidão.

- olhe, que céu!
Desculpe-me por ter lhe subtraído centavos.

Há passeios nas águas do capibaribe?
- é só para quem tem tempo.
Não toco mais no assunto.

Sua sobrancelha formou uma interrogação?
- é apenas um mendigo.
Na sacola leva o lixo do apartamento de número...
Sei lá!
Deve ser do edifício com boa vista.

Melhor ficar em silêncio, as luzes não fazem ruídos.
Simplesmente acendem na escuridão,
Feito as lâmpadas de mercúrio sobre a rua da aurora.

Tem que ser poeta para desperdiçar tanto tempo.
Fica com tuas bobagens aí, que eu vou assistir minha novela.

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