Revólver
Alfajor
Nem reparei no quão veloz foi tua ascensão,
Teu sonho em queda livre, um deslize acidental.
Refizeste-te no vício solitário da contradição,
No calor da madrugada que perturba os olhos,
No delírio em que me viste sangrar...
Aonde queres me levar?
O que me nega o teu olhar?
Por que me buscas envolver?
Nunca dizes satisfazer tua fome,
Teu passatempo fútil é a distorção
Numa supérflua ânsia por renome,
Tua morta infância de vídeo e cor...
Corrupção!
Traem-te os meus olhos entreabertos,
Transpiram-te meus sonhos em imagens,
Culpam-te meus lábios desertos.(reações incertas)
Agora expias tuas faltas,
Agora sou para ti a cruz,
Para a dúvida; um revólver!
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