Campo Aberto
Albino Manique
A cordeona geme acordes lá no fundo do galpão
Entreverado no toque bordoneia um violão
E um índio canta versos dando rédeas ao sentimento
Os desenganos da alma vão gritando aos quatro ventos
Nossa vida é um campo aberto pra emoção
A lembrança e a saudade nos açoita o coração
Arrocina e esporeia o flete do pensamento
Que galopa em disparada com a crina solta ao vento
Campo aberto de saudade, campo aberto de ilusão
Ao lembrar do amor distante bate forte o coração
Os gemidos da cordeona junto ao fogo de chão
Rebenqueando a lembrança, perpetrando emoção
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