Inicia sesión para activar tu suscripción y eliminar los anuncios

Iniciar sesión
visualizaciones de letras 450

Fado Varina

Ana Moura

De mão na anca,
Descompõem a freguesa.
Atrás da banca,
Chamam-lhe gosma e burguesa.

Mas nessa voz,
Como insulto à portuguesa,
Há o sal de todos nós,
Há ternura e há beleza.

Do alto mar
Chega o pregão que se alastra:
Têm ondas no andar
Quando embalam a canastra.

Minha varina,
Chinelas por lisboa.
Em cada esquina
É o mar que se apregoa.

Nas escadinhas
Dás mais cor aos azulejos
Quando apregoas sardinhas
Que me sabem como beijos.

Os teus pregões
São iguais à claridade:
Caldeirada de canções
Que se entorna na cidade.

Cordões ao peito,
Numa luta que é honrada.
A sogra a jeito
Na cabeça levantada.

De perna nua,
Com provocante altivez,
Descobrindo o mar da rua
Que esse, sim, é português.

São as varinas
Dos poemas do cesário
A vender a ferramenta
De que o mar é o operário.

Minha varina,
Chinelas por lisboa.
Em cada esquina
É o mar que se apregoa.

Nas escadinhas
Dás mais cor aos azulejos
Quando apregoas sardinhas
Que me sabem como beijos.

Os teus pregões
Nunca mais ganham idade:
Versos frescos de Camões
Com salada de saudade.

Agregar a la playlist Tamaño Cifrado Imprimir Corregir Enviar la traducción

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Ana Moura e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver más en el blog


Opções de seleção