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Há lua nos teus olhos de cacimba
clareando a tapera do meu ser,
eu bebo o luar que me ilumina
e morro em ti de tanto bem querer.

De tanto sol em ti, em pele pêlos,
nuanças de sublimes arrebóis,
tu trazes a aurora nos cabelos,
eu sofro a aflição dos girassóis...

Contigo eu conto estrelas pelo campo
na imensidão do Sul, a te buscar.
A noite escreve amor com pirilampos
nas luzes que eu leio em teu olhar.

Guria, tanto tempo sou cativo
de todo esplendor que me perdi...
Guria, tu me matas no quer vivo.
eu vivo de morrer de amor por ti.

Teus olhos me prometem margaridas,
presságios de floradas campo afora,
pra eu colher teus beijos pela vida
vivida sob o signo da espora.

Em ti, cada ocaso é uma promessa,
o que me vive em ti alcança o mate.
Há tanto há dividir na pampa imensa
e a tua ausência dorme no meu catre.

Se me apartar de ti não há sossego,
Sou só mais um perdido por aí,
Eu sem o teu olhar me sinto cego
Porque só tenho olhos para ti.

Guria, tanto tempo sou cativo
de todo esplendor que me perdi...
Guria, tu me matas no quer vivo.
eu vivo de morrer de amor por ti.

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Compuesta por: Antonio Guadalupe Júnior / Vaine Darde. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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