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As Mentiras

Azagaia

(Azagaia)
(Hoje eu trago-vos um amiguinho chamado Muné, é)
(E Muné vai contar-nos uma anedota)
(Não é Muné?! Começa lá)

[Muné]
Quando um branco compra uma bicicleta, o outro branco compra uma mota
E depois outro branco compra um carro e o outro depois compra um avião
Mas quando um negro compra uma bicicleta
Sabem o que faz o outro negro?
Fura o pneu dessa bicicleta he he he

É mentira
Que tu és independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

É mentira
Que tu és independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

Eu vou chamar-te de preto!? (preto)
De certeza que te ofendias
Porque preto era o escravo e já lá foram esses dias mas
Será que és realmente livre (será?)
Pra responderes nem precisas ser detective
Olha a tua volta
Nada do que consomes produziste (não)
Desde o carro que conduzes até a roupa que vestiste
A TV que tu adoras (um)
O relógio que dá-te horas (dois)
Até a casa onde moras não foste tu que construíste
Da lâmpada ao telemóvel, do computador à aparelhagem
Não produziste nada disto
Nem participaste na montagem
40 anos de independência
Nenhum avanço na ciência
Ainda precisas que o europeu te dê a cura pra uma doença
Não fabricas medicamentos
Não fabricas armamentos
Se houvesse outra guerra mundial
Tu não tinhas argumentos
500 anos de escravidão, (sim)
E os europeus levaram (o quê?) 36 milhões de escravos e só 16 sobreviveram
Agora chamas o europeu, o americano ou o caraças
Pra sugarem o teu petróleo e montarem aqui suas casas
Mas não montam aqui as fabricas, apenas compram-te o barril
Com uma nota de 100 pra depois venderem-te a mil
Porque tu és o comprador que lê o manual da prática
Que sabe utilizar mas não percebe nada da máquina
Não percebes matemática
Nem química, nem informática
Preferes economia ou ser figura diplomática
Mas tu vives uma mentira
Em África não há economia
Como pode ter economia
Uma raça que só consome
Tudo que os outros produzem desde o que veste ao que come
Da religião a cultura
Até ao teu próprio nome

(Eu digo tu, mas digo a nós)
(No continente ou na diáspora)
(Africanos independentes que empobrecem a nossa África)

(Eu digo tu, mas digo a nós)
(No continente ou na diáspora)
(Africanos independentes que empobrecem a nossa África)

É mentira
Que tu
És independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

É mentira
Que tu
És independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

E a ilusão do sucesso negro é o que se vê e já se sabe
Há mais ditadores em África que em qualquer outra parte
Dentro de cada um de nós, há um Kadafi, um Mugabe
Damos uma metade ao povo vai pra Suíça outra metade
E adoramos ser patrões, negros adoram mandar
E e só pra ter dinheiro que a juventude esta a estudar
Nós não queremos inovar, nem inventar ou criar
Novas tecnologias ou até mesmo copiar
Pelo contrário, hah
Lá vem mais um B.M. w Há mais Mercedes em África que no país originário
E se não for estrangeira a marca então não presta o vestuário
Nos envergonham os dialectos, no nosso vocabulário
E quanto mais branco parecer, mais esse negro se orgulha
Acredita se o branco prometer meter um camelo pela agulha
Porque o branco para o negro tá à cima de qualquer suspeita
E basta o Deus ser branco, pra nós seguirmos a seita
Não adianta bancar a vítima
Faz antes uma auto-crítica
Verifica se cada uma destas frases não é verídica
Chega de lamber a ferida e parecer um cão sarnento
E depois de ganhar a esmola esquecer as crias ao relento
Enches o peito de colares e kilos de orgulho besta
E não vês o que tá escrito bem no meio tua testa
Preto ignorante, estúpido vendedor da pátria
Com essa pose de importante que não nos ajuda em nada
Tu tens que acordar
E dar importância ao que merece
E deixares de te preocupar
Só quando o problema aparece
Ou então vais acabar
Acorrentado outra vez
Esse branco não te respeita e vai te mostrar outra vez

(Eu digo tu, mas digo a nós No continente ou na diáspor)
(Africanos independentes que empobrecem a nossa África)

(Eu digo tu, mas digo a nós No continente ou na diáspor)
(Africanos independentes que empobrecem a nossa África)

É mentira
Que tu
És independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

É mentira
Que tu
És independente
Que levas pra frente
O teu continente
É mentira
Tu não quebraste a corrente
Não passas de um escravo inconsciente
É mentira

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