Um Groto de Água No Sertão
Bruno Silva
Lembro-me, muito bem, daqueles jumentos carregando os carotes de água
Saindo daquele groto de água no sertão
Onde outrora tropeiros que varavam as estradas desbravadas, alí descansavam
E ali, com a boia se alimentavam
Aos poucos foi surgindo pequena aglomeração; a fazenda Santo Antônio e a
Paróquia de Santo Antônio do Tanquinho
O groto tornou-se o minador e aquela pequena vila, deitada ao sopé do belo elevado de pedra
Elevava-se a distrito e depois a Cidade
A cidade que guarda a lembrança de ter lançado de suas terras, a heroína de guerra
Nossa amada Maria Quitéria
A cidade que fora chamada de viveiro fecundo, com homens fortes prestantes de bem
Território de amor; assim dizia aquele sábio Monsenhor
Ali eu vivi e ali aprendi a ser gente
Carrego em minha devoção, com todo o meu carinho
O destino atrai a origem que sente
Ostentando em meu caminho; oh Tanquinho!
Estás no meu coração e na minha mente
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